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QUARTA MALDITA - Uma taça feita de um crânio humano LORD BYRON (Tradução de Castro Alves)

Lord Byron

Dando início a nossa QUARTA MALDITA, o poema “Uma taça feita de um crânio humano” escrito! em! 1808 pelo escritor do romantismo Lord Byron, com tradução de Castro Alves em 1869.

Byron foi um influente escritor do romantismo, tento inspirado vários autores ao decorrer dos tempos, inclusive do Brasil que autores como Álvares de Azevedo e até o próprio Castro Alves que traduz o texto, beberam muito da fonte do Byron, um período marcado pessimismo, pela melancolia e fuga da realidade.



A uma taça feita de um crânio humano


Não recues! De mim não foi-se o espírito...
Em mim verás - pobre caveira fria -
Único crânio que, ao invés dos vivos,
Só derrama alegria.

Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte
Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes! empina-me!... que a larva
Tem beijos mais sombrios do que os teus.

Mais vale guardar o sumo da parreira
Do que ao verme do chão ser pasto vil;
- Taça - levar dos Deuses a bebida,
Que o pasto do réptil.

Que este vaso, onde o espírito brilhava,
Vá nos outros o espírito acender.
Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro
...Podeis de vinho o encher!

Bebe, enquanto inda é tempo! Uma outra raça,
Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te livrar da terra,
E ébria folgando profanar teus ossos.

E por que não? Se no correr da vida
Tanto mal, tanta dor ai repousa?
É bom fugindo à podridão do lado
Servir na morte enfim p'ra alguma coisa!...



(tradução de Castro Alves: Bahia, 15 de dezembro de 1869)




Versão original:

LINES INSCRIBED UPON A CUP FORMED FROM A HUMAN SKULL


Start not-nor deem my spirit fled:
In me behold the only skull
From which, unlike a living head,
Whatever flows is never dull.

I lived, I loved, I quaff'd, like thee:
I died: let earth my bones resign;
Fill up-thou canst not injure me;
The worm hath fouler lips than thine.

Better to hold the sparkling grape,
Than nurse the earth-worm's slimy brood;
And circle in the goblet's shape
The drink of Gods, than reptiles' food.

Where once my wit, perchance, hath shone,
In aid of others' let me shine;
And when, alas! our brains are gone,
What nobler substitute than wine?

Quaff while thou canst-another race,
When thou and thine like me are sped,
May rescue thee from earth's embrace,
And rhyme and revel with the dead.

Why not? since through life's little day
Our heads such sad effects produce;
Redeem'd from worms and wasting clay,
This chance is theirs, to be of use.

— Lord Byron, “Lines Inscribed Upon A Cup Formed from a Human Skull”, 1808.

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